Que tipo de profissionais devemos ser?

 “Ser ou não ser” é realmente uma boa pergunta.  E tem ecoado inúmeras vezes nos últimos séculos, contudo uma outra excelente pergunta  e que pode nos levar a tomar sérias decisões profissionais é: “Que tipo de profissionais devemos ser”?

A resposta parece óbvia. Bons profissionais é claro! Contudo para tornarmo-nos bons profissionais precisamos diferenciar  o “fazer” do “ser”

A princípio podemos definir “fazer” como um verbo de ação e o ser como verbo de ligação, mas na verdade eles são mais que isto.

Ser e fazer são coisas inseparáveis. Eles reforçam-se e promovem um ao outro. Fazer sem ser passa uma falsa imagem para os outros, ao passo que ser sem fazer passa uma imagem falsa para nós mesmos.

Vou tentar explicar um pouco melhor.

É comum encontrarmos profissionais que  elaboram uma lista de coisas a fazer, para lembrar-se do que desejam realizar. Mas as pessoas raramente fazem uma lista de coisas que devem ser. Por quê? Fazer envolve atividades que podem ser assinalados em uma lista, quando estão feitos. Já o “ser” nunca acaba. Não há como assinalar como concluídas as coisas devemos deve ser.

Ser um bom profissional envolve decisões e realizações diárias. Por exemplo participar de reuniões mensais sobre indicadores é algo que podemos assinalar como “fazer” , mas fazer a diferença nestas  reuniões não é um evento único: é algo que precisa ser parte da nossa natureza, do nosso caráter, de quem somos ou de quem queremos nos tornar.  Para fazermos a diferença nestas reuniões precisamos nos preparar antecipadamente para participar delas, isto inclui uma série de tarefas, como preparar relatórios, gráficos e justificativas, pesquisar soluções e saídas, enxergar outros caminhos para problemas cotidianos. E isto está mais ligados ao ser do que ao fazer. Quem você é determina a maneira como enxerga as coisas.

Outro exemplo numa outra área de nossa vida é como pais, quando é que podemos assinalar um filho como algo feito e acabado? Ser bons pais é algo que nunca acaba.  Assim como também ser  bons profissionais não é uma tarefa que tem data de término.

Então quando alguém te perguntar que tipo de profissional você é pense antes de responder e analise se pertence ao tipo que faz ou é!

Pense nisto.

Silvana Pelosi Silveira

Consultora em Gestão de Pessoas.