Nos últimos dias refleti muito sobre tornar-nos uma pessoa
confiável. As vezes um comentário tolo a nosso respeito, dito até mesmo por
alguém que não tenha muita relevância em nossas vidas, pode causar um estrago considerável.
Sempre fui uma pessoa muito discreta, principalmente com
relação a história da vida de outras pessoas, sempre ganhei muito com isso,
ganhei o respeito e a confiança da maioria das pessoas que me conhecem, embora
tenha a convicção que não consigo agradar a todos.
Um escritor Inglês “William Edward Norris”, certa vez disse:
“Se quiseres evitar erros no falar,
cinco coisas deves com cuidado observar: para quem falas, de quem falas, como
falas, quando falas e onde falas”. Sábio conselho!
Concordo plenamente com ele. Precisamos ser prudentes e
discretos. Se ficarmos na dúvida se um comentário é ou não pertinente, se a
dúvida surgir então é melhor não falar. Em contrapartida se pretendemos
desenvolver relacionamentos duradouros, sejam em que âmbito for, precisamos
estar com as janelas da alma abertas para que as pessoas possam depositar sua
confiança em nós. Em outras palavras precisamos aprender a ouvir com o coração.
O coração geralmente ouve melhor que a cabeça. Jones Stephans, outro escritor inglês
escreveu: “Descobri que a cabeça não ouve nada até depois que o coração tenha
ouvido, e que aquilo que o coração sabe hoje, a cabeça compreenderá amanhã”.
Nosso coração compreenderá melhor quando aprendermos a
escutar. Escutar é mais do que permanecer em silêncio enquanto outra pessoa
fala. Precisamos aprender a agir com sensibilidade, é necessário compreender
que a hora de escutar é quando alguém precisa de um ouvido atento. O momento de
atender a uma pessoa com problemas é quando ela tem o problema. O momento de
escutar é quando nosso interesse e amor são vitais para aquele que busca nosso
ouvido, nosso coração, nossa ajuda e nossa empatia.
T
odos nós deveríamos aperfeiçoar nossa habilidade de fazer
perguntas e depois escutar intensa e naturalmente. Escutar é parte integrante
do exercício do amor.
Será que estamos exercendo nossa capacidade de ouvir nossos
filhos, amigos, maridos ou esposas? Será que estamos realmente dispostos a
ouvi-los? Será que conseguimos ouvir sem fazer julgamentos precipitados que
geralmente fecham a porta do diálogo?
Os pais de filhos adolescentes talvez descubram que a hora
para ouvir é muitas vezes a menos conveniente, porém a mais importante.
Geralmente é no momento que eles parecem menos merecê-lo, mas que talvez seja
quando mais necessitem da nossa boa vontade.
Que possamos nos tornar, cada um de nós, pessoas mais
confiáveis ao exercermos o hábito de ouvir primeiro com o nosso coração, na
hora que alguém precisar.
Pense nisto!
Nenhum comentário:
Postar um comentário